Os novos casos de coronavírus a ser confirmados na China são, na grande maioria, importados e este facto está a gerar um crescimento exponencial da xenofobia e do sentimento anti-estrangeiros no país asiático.
Uma reportagem realizada pela CNN revela que a comunidade africana de Guangzhou está a ser uma das mais afetadas e, nas redes sociais, foram partilhados vários relatos de pessoas que foram despejadas pelos proprietários das casas onde residiam ou impedidos de permanecerem em hotéis.
Depois de entrevistar mais de 20 cidadãos africanos que residiam na cidade do sul da China, a CNN confirmou aquilo que havia sendo partilhado nas redes sociais. Várias pessoas de nacionalidade africana estão a ficar sem casa, a ser submetidas a testes aleatórios ao coronavírus e a ficar em quarentena por 14 dias, mesmo não apresentando qualquer sintoma ou tendo estado em contacto com pacientes infetados.
Contactadas pela CNN, as autoridades de saúde da província de Guangdong e do Departamento de Segurança Pública de Guangzhou não prestaram qualquer esclarecimento sobre o sucedido.
Esta semana, o presidente chinês Xi Jinping ordenou as autoridades a investigarem todos os casos importados de outros países, segundo avançou a agência de notícias estatal Xinhua.
CM